RINOCERONTES


Espetáculo vencedor do
 2º PRÊMIO YAN MICHALSKI 
(Questão de Crítica) nas categorias

MELHOR ATOR - Davi Palmeira
CATEGORIA ESPECIAL PELA ARTE SONORA

e indicado na categoria:
MELHOR DIREÇÃO - Luiza Rangel



foto: Maíra Barillo


rINOCERONTEs nasce dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro em Novembro de 2014, orientado pela Professora Doutora Eleonora Fabião

Investigamos essa dramaturgia pensando nos possíveis diálogos com o momento atual, observando as imposições invisíveis de controle, intensa massificação, guerra de informações, priorização do objeto em detrimento do humano. Dessa forma, tentamos um entendimento junto ao público da complexidade dos discursos de intolerância ao outro, da dificuldade de identificar a raiz dos problemas ao invés de culpar os que são vítimas deles. A platéia se desloca na dúvida entre “errados” e “certos”, humanos ou rinocerontes, para confrontar-se com o obscuro e lindo dentro de si.

O espetáculo expõe todo tipo de sufocamento provocado pelos excessos e vazios na comunicação e nas relações, investigando as mortes de identidade e os inusitados modos de vida que identificam o mundo contemporâneo. O desejo nesta montagem é despertar reflexões sobre regimes de relação e de convívio, perguntando sobre os modos de escapar à brutalidade da desumanização e da uniformização.

Resta apenas um homem. Ser rinoceronte vira desejo daqueles que ainda se encontram no estado humano. Ser humano já não é mais natural. A transformação do homem em animal selvagem torna-se natural e bonita. Acontecem estranhas metamorfoses: homens se transformam em bichos. Um rinoceronte invade a cidade. A conversa é interrompida por um estrondoso ruído de animal, que passa levantando poeira. rINOCERONTEs começa num café, onde Sandro e Alex marcam um encontro.

Neste enredo dividido em três atos, cada ato é alicerçado por uma atmosfera específica, intensificada pelo trabalho de composição sonora - manipulada ao vivo, a partir da captura de sons do próprio espaço de apresentação.

Em cena, 8 atores investigam corpo, transformação, imagem, monstruosidade, absurdo. Os personagens de Ionesco se apresentam - criaturas insólitas e paradoxais que repetem frases feitas porque já não sabem o que dizer. rINOCERONTEs é uma peça composta por jogos que invertem a lógica cotidiana em cena. Sua investigação plástica explora efeitos de luz e aposta no uso de materiais ordinários, como uma lona preta que contamina e invade o espaço do público, proporcionando uma experiência sensorial aos espectadores.

Devemos nos perguntar a essa altura o que significa estado humano. Os personagens que se prendem a discutir a forma dos problemas, e não o seu interior, sua causa; que negligenciam a vida enquanto valorizam discussões que só seriam importantes num mundo onde a competição por status físico ou intelectual se tornou superior não são absurdos, são completamente reais. Não é na passagem do rinoceronte que reside o absurdo, tampouco. É na desumanização devastadora que se revela na construção da cena e na evolução do espetáculo, que não é solucionada com a atitude final do personagem principal. Ela paira cada vez mais clara, agressiva e angustiante, como um soco, até depois do Black Out final.

foto: Maíra Barillo


EQUIPE DE CRIAÇÃO

Autor: Eugene Ionesco
Direção: Luiza Rangel
Orientação: Eleonora Fabião
Dramaturgista: Renan Guedes
Elenco: André Locatelli, Davi Palmeira, Giulia Grandis, Hugo Camizão, Lívia Ataíde, Marina Nagib, Thiago Mello e Thiago Becker.
Arte sonora: José Ricardo Neto e João Werneck
Cenografia: Fabiana Mimura
Figurino: Thainá Moura
Orientação de direção de arte: Renato Machado
Iluminação: Daniel Cintra
Produção executiva: Thaís Barros
Preparação vocal: Verônica Machado
Projeto gráfico: Davi Palmeira


FESTIVAIS E PREMIAÇÕES
JULHO _ 2015
28º FITUB - Festival Interncaional de Teatro de Blumenau 

Vencedor nas categorias:
MELHOR ESPETÁCULO
MELHOR DIREÇÃO
MELHOR ATOR -  André Locatelli e Davi Palmeira 
MELHOR DESENHO SONORO
Indicado nas categorias:
MELHOR CENÁRIO

MELHOR ILUMINAÇÃO




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